Programe-se: Aerorock

É música pra se inspirar, num clima underground, dançante e que não esconde a força independente latina: representada por grupos inovadores de Buenos Aires, São Paulo e Rio de Janeiro, a primeira edição do Aerorock – Festival Internacional de Indie Rock Latino acontece hoje (18) em São Paulo-SP e quinta-feira (20) na cidade do Rio de Janeiro-RJ.

O evento traz o instrumental suingado dos argentinos de Morbo y Mambo, a desconstrução eclética e refinada dos cariocas de Do Amor, o funk-batuque transitório e sem fronteiras de Curumin e o experimental de Negro Leo e Trio Extraordinário (RJ).

É uma mistura que vem para temperar os sentidos do público com canções autorais diversas numa unidade precisa: o original.

Para fazer jus ao clima indie, o público carioca ainda vai acompanhar a edição especial da College Rock Party, com uma discotecagem que inclui como trilha canções de Yardbirds, Mutantes, The Who e o lado B de The Beatles e Stones. O comando é de Renato JX com os djs Guzz the Fuzz e Annie, participação de André Pateta (o palhaço-apresentador) e Vanessa Duque Estrada (hostess).

O grupo Morbo & Mambo ainda se apresenta em outras oportunidades:

Shows
dia 18 – São Paulo
Curumin, Morbo & Mambo

dia 20 – Rio de Janeiro
Negro Leo e Trio Extraordinário [Deixa Queimar], Do Amor, Morbo & Mambo

Apresentam
Teatro Odisséia (Rio de Janeiro)
Sitio Plasma (Buenos Aires)
Studio SP (São Paulo)

Apoio
Casas Associadas – Associação Brasileira das Casas de Show Independentes

De Cores

 

Era de se esperar um pulsar sereno a ditar a base do show do Maglore. À cadência de “A sete chaves”, os baianos Igor Andrade (bateria), Lelão (teclados, escaleta e guitarra), Nery Castro (contrabaixo) e Teago Oliveira (guitarra e voz) abriram em tom melancólico a estreia na cidade de São Paulo.

Salta à voz de Teago a melhor descrição do que são em palco: os versos das músicas próprias, lançadas em 2009 no EP “As Cores do Vento” e também em 2010, com a finalização do primeiro CD Veroz.

‘Nenhum peso pelo medo de gostar’
Maglore mostra uma seleção cuidadosa do repertório. As influências presentes no show – como The Beatles e Mutantes – contribuem para a afinação do grupo com o público, que mesmo em canções inéditas se manteve no compasso exposto pela mistura de ritmos sustentada pelos instrumentistas.

A gente não faz parte de nenhum estilo de música. A gente mistura tanto Ijexá, que é música baiana, quanto Rock’n Roll ou o Pop-Rock. […] As músicas são muito diferentes entre si, a banda possui uma gama de composições que não tem uma linha concreta.

O resultado é o sucesso construído em pouco mais de um ano, que gerou demanda pelo novo CD em lugares além da Bahia e possibilitou a apresentação em São Paulo a partir de pedidos realizados pelos fãs do grupo via Twitter.

‘Lembra quando tudo começou’
Em 2009, o compositor Teago convidou músicos para a gravação de cinco canções. O resultado é o EP que tem como base a sinestesia: “As Cores do Vento” surgiu da “vontade de se expressar livremente” e ainda tem muito das características do vocalista.

‘Pra se perder, se achar e se entender’
Aos poucos, a identidade de Maglore é construída pela mistura de estilos e, ao mesmo tempo, pela convergência de objetivos – viver profissionalmente de música é um deles, ainda que haja dificuldade em encarar a realidade independente na Bahia e conseguir expandir o trabalho para outros Estados.

‘O destino que traçar’
Para o novo projeto, que começou a ser apresentado ao vivo e, aos poucos, pelo Myspace da banda, esperam-se traços mais firmes de maturidade, heterogeneidade e riqueza de elementos que revelam um pouco mais de cada integrante. São mudanças sutis em relação ao EP, o que deve se tornar ainda mais presente no 3º disco – já idealizado.

‘Se guiando pelo vento’
O público passa a conhecer “Veroz” single-a-single pela divulgação online das músicas até janeiro de 2011. O lançamento definitico ainda depende de parcerias com distribuidoras. Além disso, o clipe de “Demodê” passou a ser veiculado no dia 18 deste mês no MTV Lab Br.

Junto à banda “Os Barcos”, de Vitória da Conquista, Maglore realizou recentemente uma turnê pelo Nordeste, passando por cidades como Feira de Santana (BA), Aracaju (SE), Recife (PE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e Natal (RN). Os grupos participam do segmento chamado “Novíssimos Baianos”, definição do jornalista Luciano Matos em referência à uma nova geração no rock baiano.

O show de Maglore foi escolhido por nós para o especial 4 anos do Estúdio ao Vivo pela coincidência do grupo representar de forma sutil os três Estados pelos quais o blog já passou. A mineira Amanda Oliveira começou a escutar os baianos (meus conterrâneos) em Poços de Caldas-MG e me apresentou ao som em Viçosa-MG. Agora, compartilham a estreia em São Paulo com a estreia do Estúdio ao Vivo por aqui. Confira trechos da entrevista exclusiva e do show no Clube Outs em 18 de setembro:

Set List original
A Sete Chaves
Enquanto Sós
Megalomania
Hash Pipe
O Mel e o Fel
Todos os Amores são Iguais
Tão Além
Drive my Car
Pai Mundo
Às Vezes um Clichê
Demodê
Balada do Louco
Lápis de Carvão

Links
Site oficial
Myspace
Twitter – @Maglore

Show: dia 18/09
Local: Clube Outs
Bandas: The Limousine Drivers, Maglore, Vivendo do Ócio
Fotos: Clube Outs

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Agradecimentos
A Valetim e Edu, do Clube Outs, pelo apoio à cobertura dos shows.
A Érika Leone e Azevedo Lobo (Produção da banda Maglore), pela atenção no atendimento.
Aos integrantes da banda Maglore (Nery, Igor, Lelão e Teago) pela entrevista e apoio à iniciativa do blog.

De Poesia e Jazz, Diversidade e Blues

Entre os compassos divididos e a sintonia de uma harmonia musical de mais de 20 anos, ao abrir as cortinas do Espaço Cultural Fernando Sabino na noite de sábado, o III ViJazz & Blues Festival presenciou a cumplicidade em teclas e cordas: de um mineiro e um argentino – apenas de nascimento – , os tons de Jazz afloraram em música brasileira.

A suavidade com que Wagner Tiso acarinhava o afinado Steinway e a força rítmica do dedilhar de notas de Victor Biglione revelavam o som de uma poesia completa em si. A combinação de intensas influências como o samba, a música mineira e a MPB foram apresentadas em versões instrumentais e carregadas de identidade compartilhada em canções como Sonho de Carnaval (Chico Buarque), Cadência do Samba (Astulfo Alves) e Sete Tempos (Wagner Tiso).

Celebrada pelo disco duo “Tocar a poética do som” (2003) que traz essencialmente toques nacionais em seu repertório, a parceria dos músicos demonstra, no palco, a essência de uma orquestrada música brasileira em cadências de Jazz e de expressividade: a transcendência entre olhares ofereceu ao público o clima intimista de um encontro entre velhos amigos.

We will Blues you
De liberdade e inspiração, os sons que se seguiram souberam agregar à cadência bem marcada do Blues os contos e viagens originais da música eletrônica e da distorção ampliada.

Personificadas por Nuno Mindelis (guitarra e voz), nos arranjos de Flávio Naves (órgão), Humberto Ziegler (bateria), Guilherme Chiappetta (DJ – efeitos e programação) e Rodrigo Mantovani (baixo, tocando pela segunda vez no III Vijazz), canções consagradas do Blues foram dotadas de uma nova identidade. Com pitadas de Rock’n Roll e impregnadas pela energia e experimentação do Free Blues (último álbum lançado), Mindelis personificou a característica mais marcante do segundo dia de Vijazz: diversidade. “[São] as músicas que mudaram minha cabeça, mudaram minha vida quando eu era moleque, com uma roupa atualizada. É o disco mais radiofônico que eu fiz” [Mindelis].

A revolução dos arranjos passa pela continuidade da injeção no Blues de psicodelia, eletricidade e rock’n roll – o que já havia sido realizado por nomes como Eric Clapton, John Mayall e Jeff Beck – e a reedição de clássicos com elementos da contemporaneidade de rap, lounge, house e hip hop, além da energia da banda formada por músicos reconhecidos internacionalmente.

Para quem vivenciou a repercussão do Woodstock com 12 anos de idade e cresceu ouvindo o som do delta do Mississipi “de uma forma mais rudimentar que existia, original”, o músico mostra que sabe quebrar as regras porque as conhece muito bem. “Tudo que eu fizer, mesmo um texto, é o blues que está fazendo. Então, essencialmente eu sou blues, embora a forma final possa não ser” [Mindelis].

Com duas músicas de B.B. King e um agradecimento “estratosférico” ao público que atuou como elemento a mais na construção do show e cantou em coro “I Know what you want”, Nuno Mindelis desceu do palco e deu a volta no Teatro, quebrando qualquer perspectiva de separação e fazendo do Fernando Sabino um espaço integrado de Blues.

O Rock Refinado de Foxtrot

Os produtores Carlos Marques (à esquerda) e Breno Carvalho (à direita) com os músicos Sânzio Brandão (guitarra), André Godoy (bateria), Marcelo Cioglia (baixo e voz), Renato Savassi (voz, violão, flauta, bandolim e gaita), durante passagem de som em Viçosa-MG.

“Eu gosto de Blues e Beatles. Renato [Savassi], progressivo. Marcelo [Cioglia], metaleiro. [André] Godoy é brasileiro”. Assim, Sânzio Brandão (que hoje assume a guitarra) revela as características mais marcantes dos integrantes de Foxtrot. As influências agregam elementos numa banda que busca o “rock refinado” [Renato Savassi].

Guitarra, violão, baixo e bateria unem-se em sonoridade diferenciada à bandolim e flauta, com canções que resgatam principalmente o Folk Rock.

A pureza do som do grupo, reforçada pelo conjunto vocal de Renato Savassi e Marcelo Cioglia, é a principal atração da XVI edição do Musical Box Alive, que acontece logo mais no Espaço Galpão a partir das 23h.

Acompanhamos a passagem de som e constatamos que a proposta inicial de “fazer um som bem leve, (…) uma coisa acústica (…) e usando muito vocal” [Savassi] não se perdeu em essência. O show promete variar entre o folk, o country e o progressivo, com margem ampla para improvisos.

Ao público, a garantia da mesma qualidade e bom humor da última experiência dos integrantes na cidade, quando tocaram como banda Cálix em Viçosa no Musical Box in Concert: “a gente se sente bem aqui em Viçosa, hoje acho que vai ser legal demais. A casa, é a primeira vez que a gente está vido aqui, mas já vi que o show vai ser muito bom, nós vamos sair satisfeitos e ver o jogo do Brasil amanhã tranquilos [André Godoy].

Dia de “Rockixe”: a vez dos “Fab Four”

Foi de resgate que a banda O Quinto (Viçosa-MG) anunciou que 15 de maio era dia de Rock no palco do Espaço Galpão. Assim soaram os acordes que libertaram a riqueza rítmica do rock rural com Sá, Rodrix e Guarabyra; a mineiridade de Milton Nascimento; os ensaios progressivos de Mutantes e Novos Baianos; o clássico de Jethro Tull; o blues de Cream; o underground de The Beatles.

Do estilo e pegada setentista da bateria de Renan Barcelos à harmonia serena do trio vocal de Vinícius de Paula (guitarra, vocais, gaita), Diogo Moreira (guitarra, vocais, viola de 10 cordas) e Guilherme Castro (baixo, vocais), a abertura do XV Musical Box Alive em Viçosa-MG transformou-se em uma apresentação experimental e melódica. O músico viçosense Paulo Bandeira, que acompanhou o show, destacou a fidelidade ao estilo anos 70, com a mesma energia, a mesma atmosfera.

E mais: a performance dos músicos no palco fez do show intenso e sutil, cumprindo a busca pelo “equilíbrio, onde o som represente de forma sincera e harmoniosa” cada um dos integrantes. Explica-se pelas influências (Led Zeppelin, The Beatles, Mutantes, Jimi Hendrix, Grand Funk) ou pela vivência e convivência de Renan, Vinícius, Diogo e Guilherme. “Hoje a gente passa muito mais tempo junto e isso afeta diretamente o som”. A definição da essência de O Quinto é tão simples e verdadeira quanto o que mostram no palco: “tentamos fazer um som que não traga o gosto de passado. Que seja pra frente, usando sim influências de estilos que já tiveram sua época, mas representando mais o presente!” [Guilherme Castro].

Let me sing, let it be
“É uma homenagem emocionante que a gente faz. Se tiver emoção, pra gente é muito importante”. Assim, Cristhian Magalhães (baixo e voz) anuciou, logo após a passagem de som, o que o público poderia esperar do show de Raulzitles (Belo Horizonte). A expectativa também cercava a banda e tinha como base a apresentação de 2009, durante a 10ª edição do Musical Box Alive. Nas palavras do baterista Bhydhu: “o show que fizemos o ano passado aqui, pra nós foi memorável. Público bom demais, receptivo, cantando as músicas, foi um show muito bom. E eu não tenho dúvida que esse agora também vai ser melhor ainda”. A tradução em palco dos dois fenômenos musicais Raul Seixas e The Beatles também é assinada por Khadhu (violão, voz, guitarra) e Guilherme Bicudo (guitarra, teclados, voz).

A sensibilidade dos multinstrumentistas, que revezam suas funções no palco e se complementam musicalmente, revela um grupo que começou numa brincadeira, há quase 3 anos, pelo prazer de tocar canções do grande nome do rock brasileiro e do Fab Four. Mostra também a experiência com covers do progressivo dos anos 70, do hard rock e do rock nacional, a influência da música clássica e as composições próprias – é o caso dos irmãos Khadhu e Bhydhu, que integram a banda Cartoon.

Com a qualidade vocal, arranjos detalhados trabalhados com intensa pesquisa e improvisos que ditam a energia do show, Raulzitles deixou a certeza de que durante a apresentação encontramos o essencial dos homenageados, mas também de cada um dos integrantes da banda: a pureza e a emoção do rock’n roll.

Agenda
Raulzitles
12 de Junho (Sábado)
Local: Jack Rock Bar
Abertura da casa: 21h
Horário do Show: 00:00h
Av. do Contorno, 5623 – Funcionários
Belo Horizonte – MG
Inf. e reservas: (31) 3227-4510

18 de Junho (Sexta)
Local: Lord Pub
Abertura da casa: 21h
Horário do Show: 00:00h
Rua Viçosa, 263
Bairro: São Pedro -Belo Horizonte/MG
Informações e reservas: (031) 3223-5979

Links
Raulzitles – Comunidade no orkut
O Quinto – Perfil no orkut

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Agradecimentos

Aos produtores do Musical Box Alive, Breno Carvalho e Carlos Marques, pela parceria e apoio.
Aos músicos das bandas O Quinto e Raulzitles, pelas entrevistas e pela atenção.

Por rock, samba e ópera

Para comemorar os 10 anos de uma das repúblicas mais antigas de Viçosa (MG), a música deu o tom e se transformou em uma história paralela: “Aflitos por Rock” marca, há três edições, o aniversário da República Aflitos, reunindo amigos, antigos moradores e apreciadores de rock no Espaço Galpão em Viçosa (MG).

No último dia 08 de maio, celebrando os 12 anos da República, a festa trouxe para a cidade o duo Beatlelogia (BH) e as bandas Acúrdigos (Ouro Preto) e A Ruga (BH).

Com destaque para os arranjos vocais e os solos de violão, a abertura da festa relembrou os clássicos de Liverpool. Ao som de músicas como “Something”, e “All my loving”, a surpresa da noite – que não estava na programação –, ficou por conta de Thiago Cruz e Guilherme Vilela com Beatlelogia, que contou ainda com a participação de Wilks Rogers (A Ruga) no bongô.

Dinamismo nos acordes, energia do trio vocal e pitadas de jazz marcaram a apresentação da banda Acúrdigos. A versatilidade rítmica uniu a black music à MPB e deu ao reggae acordes de samba, em canções de músicos como Tim Maia, Pedro Luís & A Parede, Los Hermanos, Bob Marley e Jorge Ben. O diferencial nos arranjos de Bráulio Santos (voz/violão), Ciro Mendes (voz/violão), Henrique Ibrain (bateria/voz), Juliano Pires (contra-baixo) e Bola (sax-tenor), levaram ao público presente a energia de mais de duas horas de show.

Nas notas de Di Páscua (baixo), Mauro Fiereck (guitarra), Wilks Rogers (bateria) e Thiago Cruz (voz), a banda A Ruga encerrou a festa entre tons de Janis Joplin, elaborados acordes de Pink Floyd, The Doors e Black Sabbath e com a esperada apresentação da Ópera Tommy, de The Who. Entre versões impressas de identidade e músicas próprias do primeiro álbum da banda, A Ruga trouxe ao Espaço Galpão o mais puro e original rock’n roll.

Links
Acúrdigos
Orkut
Twitter

A Ruga
Orkut

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Agradecimentos
Aos integrantes da República dos Aflitos, em especial Rogério Alves Henriques e Guilherme Cerqueira, pela entrevista, cobertura e apoio.

Aos músicos das bandas Beatlelogia, Acúrdigos e A Ruga, pela atenção e disponibilidade.

O Hino de Jammil

Com uma estrutura de alta qualidade de som, palco, iluminação e projeções, a banda Jammil iniciou mais uma apresentação em Viçosa dia 7 de maio. Duo de metais, dois percussionistas, um tecladista, um baterista e dois backing vocals acompanharam Manno Góes (baixo, voz, vocal), Tuca Fernandes (guitarra, voz) e Beto Espínola (guitarra) no evento produzido por Nova Geração e pela Comissão de Formandos da UFV Janeiro/2011.

O show marca uma época de grandes projetos de Jammil: recentemente, foi lançado o clipe de “Haja Coração” (composição de Manno Góes, Teninson Del Rey e Paulo Vascon) com participação do grupo Olodum e da Troup Dance, em homenagem à Copa do Mundo de futebol, e ainda este ano chega às lojas o novo trabalho Jammil na Estrada Real, DVD que traz gravações realizadas em Minas Gerais.

A alegria em palco, a interação com o público e o repertório do show mostram o porquê de Jammil ter conquistado sucesso além das terras baianas. Com versatilidade, Manno, tuca e Beto agregam canções que marcaram a carreira em Viçosa – como “Praieiro” -, grandes sucessos de 10 anos de carnaval – “É Verão”, “Ê Saudade”, “Milla” (primeira composição do trio) -, versões de “I’m Yours” (Jason Mraz), “Onde Você Mora?” (Cidade Negra), “Não Quero Dinheiro” (Tim Maia), “País Tropical” (Jorge Ben) e os clássicos do axé baiano “Prefixo de Verão”, “Baianidade Nagô” e o chamado hino da Bahia, “We Are The World of Carnaval”.

Fotos do Show em Viçosa:

Agenda
Os próximos eventos incluem o Luau do Jammil, em Belo Horizonte (12/06, no Espaço Folia), que contará com as participações do cantor Netinho, das bandas Moinho e Biquini Cavadão. Para o próximo ano, a novidade é a participação no bloco Cocobambu na sexta-feira de Carnaval. Confira as outras datas agendadas:

Paracatu – MG
04/06/2010 a partir de 23h
Local: Jockey Club de Paracatu – MG

Bom Jesus do Itabapoana – RJ
05/06/2010 a partir de 23h

Luau do Jammil em Belo Horizonte – MG
12/06/2010 a partir de 23h

Jaboticabal – SP
18/06/2010 a partir de 23h

Festa Trio em Brasília – DF
20/06/2010 a partir de 23h

Forró do Visgo em Santo Antônio de Jesus – BA
24/06/2010 a partir de 13h

São Paulo – SP
25/06/2010 a partir de 23h

Forró Maria Bunita em São Gonçalo – BA
26/06/2010 a partir de 15h

Coruripe – AL
27/06/2010 a partir de 22h

Tradição e Arte em Cores e Vinil

O Espaço Galpão tornou-se galeria de arte no último sábado (01). Além de exposição de quadros – como os de Ana Mendes, que ilustram este post – telas de pintura, pincéis e tintas fizeram parte da decoração do evento que valoriza a participação do público na construção da festa.

No segundo piso do Espaço, as pessoas realizavam pinturas coletivas e, ao lado do palco, um telão anunciava a mostra audiovisual de curtas-metragens de animação. Com esse diferencial, o 12º Vinil Brasil manteve a tradição da música ambiente ditada pela MPB e pelos vinis – nesta edição, comandados pelos Djs Pepê e Kaion.

A banda Capim Seco, de Belo Horizonte, manteve o clima intimista com músicas próprias e versões de grandes nomes do samba. Paulinho da Viola, Tom Jobim, Elis Regina, Dona Ivone Lara e Chico Buarque fazem parte do repertório, conhecido pelo público, que acompanhou os agudos da voz de Michelle Andreazzi. Os improvisos em arranjos de sax (Tiago Barros), violão de 7 cordas (Gabriel Goulart), bateria (Luiz Lobo) e contrabaixo (Vinícius Marques, convidado) transformaram o ambiente em uma grande roda de “samba muderno e contemporâneo envolvendo pitadas de Jazz”, como se definem. Desde 2003, a proposta do grupo é realizar em palco essa mistura de elementos de jazz aos ritmos tradicionais brasileiros (como baião e frevo).

Capim Seco se apresentará na Virada Cultural de São Paulo com Noca da Portela, no CEU – Inácio Monteiro (R. Barão Barroso do Amazonas, s/nº – COHAB I.Monteiro/Cid. Tiradentes), apresentando o show autoral que será a base para o primeiro CD “Semba”.

Desde 2004, o produtor Felipe Xavier realiza o Vinil Brasil, que já passou por Ouro Preto, Mariana (MG) e Seropédica (RJ).

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Agradecimentos
Ao produtor Felipe Xavier e à Tarciane Andrade e pelo apoio;

Parabenizamos Ana Mendes e os demais artistas que expuseram suas pinturas no Espaço Galpão.

Rica MPB , Puro Rock

De um lado cantigas populares, sons de origem africana, músicas eruditas européias e cantos típicos indígenas. De outro, acordes elétricos, ritmo rápido com marcações da música negra do sul dos EUA e das sonoridades do country: a Música Popular Brasileira (MPB), da bossa nova ao samba, com pitadas de expressão folclórica, nascida ainda no período colonial e o Rock’n Roll, de Elvis Presley ao “new rock”, passando pela distorção e a rebeldia desde a década de 50.

Foi a união das influências e da história que levou ao Espaço Galpão (Viçosa-MG), no dia 16 de abril, o compasso da festa MPB Rock, apresentando Carol Reis e Pura Água como expressão da qualidade e da mistura dos ritmos.

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No Ar: Musical Box [6] · O Ritmo Moderno e Intenso de Violentango

A reinvenção do jeito clássico de tocar tango em arranjos modernos e intensos chega pela primeira vez ao Brasil com o grupo argentino Violentango, que se apresenta em Viçosa no próximo dia 23 (sexta-feira). A qualidade técnica e a naturalidade em misturar composições próprias e tradicionais no repertório trazem para o palco combinações inusitadas da sonoridade de violões, bandoneon, baixo e percussão: é uma nova perspectiva do ritmo que se tornou símbolo nacional da Argentina.

Formado em 2004 com o nome Violentrio, o grupo gravou seu primeiro trabalho homônimo em 2005, se apresentando no mesmo ano em cidades como Londres, Cambridge e Barcelona. Apenas em 2006, com a chegada do músico Santiago Córdoba e os tons fortes da percussão, Violentrio viria a se tornar Violentango.

Com quatro álbuns gravados (“Violentrio”, “28Kg em vivo”, “Buenos Aires 3 a.m.” e “Rock de Nylon”) e o reconhecimento em 10 turnês pela Europa e América Latina, a versatilidade dos músicos Adrián Ruggiero (Bandoneon e violão), Juan Manuel López (violão), Santiago Córdoba (Percussão), Andrés Ortega (violão) e Ricardo Jusid (Baixo) resgata, com profissionalismo musical apurado, a expressão folclórica e o ritmo urbano dos subúrbios de Buenos Aires, que permanecem vivos desde o início do século XIX.

No Ar: Musical Box

A partir das 20h, pela Rádio Universitária 100,7 FM, o Programa Musical Box traz um especial com Violentango, uma oportunidade de saborear as harmonias que serão propagadas amanhã no Espaço Fernando Sabino (UFV) em Viçosa.

Além das canções instrumentais, o Blues de nomes como canções instrumentais Bob Dylan e Neil Young e o Rock Progressivo de Buddy Guym, entre outros, também fazem parte da playlist.

Sintonize na Rádio Universitária FM também pelo site http://www.rtv.ufv.br.