Falando em Kiss…

é com eles que inauguramos a sessão Soundtrack, no Estúdio ao Vivo.

DRCPelo visto, shows do grupo realmente despertam um espírito aventureiro nas pessoas. No filme Detroit Rock City (1999), garotos de uma banda cover dos mascarados de Nova York, fazem loucuras para conseguirem ir a um concerto do grupo. A história se passa no ano de 1978, no auge da disco music, quando ainda assim o rock n’ roll se mostra mais vivo que nunca.

Na trilha sonora oficial, claro, músicas que marcaram a época, apesar de dois equívocos. A track list traz a lendária Highway To Hell, do AC/DC (regravada pelo exótico Marlyn Manson para a trilha) e Makin’ It do ator e cantor David Naughton, que seriam editadas somente no ano de 79.

Grandes nomes, como Everclear, The Donnas e Pantera ainda participam fazendo variações das consagradas The Boys Are Back In Town (Thin Lizzy), Strutter (Kiss) e Cat Scratch Fever (Ted Nugent). Dentre as versões originais, destacam-se Running With the Devil de Van Halen, Iron Man do Black Sabbath e Jailbreak do Thin Lizzy.

KissO Kiss ainda aparece com Detroit Rock City – música que dá nome ao filme -, Shout It Out Loud e a inédita Nothing Can Keep me From You. Além disso, a formação original – Paul Stanley, Gene Simmons, Ace Freley e Peter Chris – faz participação especial no filme, que posteriormente foi incluído no terceiro volume do box Kissology, uma série de DVDs que conta a história dos mesmos. Mesmo não fazendo parte da trilha sonora original, Beth e Christine Sixteen inspiram o nome de duas personagens do filme.

Lançado em 1999, o filme ainda conta com a participação especial de Shannon Tweed, ex-coelhinha da Playboy e namorada de longa data do baixista Gene Simmons.

“You got the best…”

Kiss 25Dez anos! Esse é o tempo que durou um sonho. Tudo começou quando um garoto de 14 anos ouviu Psycho Circus, álbum do Kiss, pela primeira vez, no começo de 1999. A partir de então, ele desenvolveu um fanatismo silencioso, mas que carregou até os dias de hoje. Quando foi proibido pelos pais de ir ao show que a banda realizara no mês de abril de 1999, no Brasil, um sentimento de frustração tomou conta. Mas nada que abalasse a devoção àqueles caras de rostos pintados.

Kiss 26Demorou, mas a hora de vê-los de perto chegou. No mesmo mês de abril, dez anos depois, no outrora distante e perigoso Rio de Janeiro, na Praça da Apoteose. Cobrindo o palco, uma imensa faixa com a logo da banda e, na platéia, o guri suava frio à espera dos ídolos Paul Stanley e Gene Simmons, acompanhados, agora, por Tommy Thayer e Eric Singer.

Até que o famoso e tão esperado “You wanted the Best. You got the Best! The hottest band in the world: KISS” ressoou e acendeu todas as luzes do maior palco que o ‘já-nem-tão-menino’ havia visto na vida. Deuce e Strutter abriram o show, enquanto alguns fãs, ainda perplexos, nem piscavam. E assim foram tocando as clássicas da banda de Nova York, que nessa turnê comemora 35 anos de carreira.

Quando o menino assistiu aos DVDs de shows ao vivo do Kiss, não conseguiu dimensionar em sua cabeça o que significava uma apresentação como a que presenciou. Ia muito além de tudo que ele já havia visto por aí.

Nem a chuva, que inesperadamente apareceu naquele dia 8 de abril, conseguiu baixar a poeira do show. Depois de tocarem Let Me Go Rock N’ Roll, eis que uma música diferente toma forma na guitarra de Stanley. Era Stairway to Heaven! Algumas pessoas não seguraram as lágrimas, mas era só brincadeirinha. Paul emendou, de cara, Black Diamond para, logo em seguida, fechar a primeira parte do show com Rock N’ Roll All Nite. Um espetáculo a parte, uma chuva de papel picado, que tomou toda a platéia, deu um brilho especial e deixou todos os fãs na espectativa do que viria no bis.

Kiss 27E já começaram com Shout It Out Loud, Lick It Up e Won’t Get Fooled Again (cover de The Who). Logo após o bizarro solo de Gene Simmons, onde ele corta de vez sua língua e cospe fogo, foi a vez de o guri ouvir sua música preferida: I Love It Loud. Um hino, símbolo do rock n’ roll de arena e de toda uma era do estilo, uma música que traduz o Kiss de forma simples e objetiva. Que traz o público para dentro do palco e provoca uma interação entre o mesmo e a banda.

Parecia a ‘grande ilusão de carnaval’. Máscaras, sorrisos incontidos e, parafraseando Jobim novamente, para ‘tudo acabar na quarta feira’. E tudo acabou longe do Rio, em Detroit. Em Detroi Rock City! Com um show de fogos e um palco em chamas, literalmente.

Novidades

Kiss lançará um cd ainda em 2009. Paul Stanley prometeu, recentemente, que o novo álbum será ‘tão bom quanto os antigos’.

Para conferir o set list do show do Kiss no Rio de Janeiro, clique aqui!