Desde que surgiu, a banda Muito Mais consegue conquistar uma leva maior de universitários a cada show. O agito do grupo quase não coube no espaço montado à direita do palco principal. Porém, nada impediu que os músicos, ora acompanhados por Cairê “da Bahia” ora por Vinícius Furnas, mantivese a animação que recebiam como resposta do público.

O repertório manteve o típico ritmo do carnaval da Bahia [e as variações para axégode, axé-reggae] na voz de Cairê, enquanto os rits pop-rock e românticos ficavam por conta de Vinícius. Confira a setlist das músicas que Muito Mais apresentou:

Quebraê
A fila andou
Ê Saudade
Superfantástico

Não quero dinheiro
Minha estrela

Toca um samba aí
Livre pra voar
Ai delícia ~ Piriri pom pom
Toda Boa

Fácil
Nosso amor é lindo
Anjo do céu

100% você
Camaleão
O que tem que ser será
Já é

Gostava tanto de você ~ Você

Com amor
Praieiro
Quero Chiclete
Eu vou voar ~ País Tropical ~ Vixe Mainha
Axé Minas Gerais

Acompanhe os próximos shows de Muito Mais:

· República DECK 301 apresenta dia 09 de maio, no Espaço Multishow, Banda Muito Mais + Manitu + Treme Terra
Entre em contato e reserve seu ingresso com o pessoal do Deck301

· Dia 16 de maio Muito Mais e Yellow Cookie se apresentam na Vila Giannetti.

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Os capixabas do Casaca foram os convidados para encerrar a noite de festa [26 de abril] promovida pela Comissão de Formandos UFV Julho·2008 em parceria com a produtora ArtBHZ [Projeto Música Redonda].

Veterana em Viçosa, a turma composta por Perez Lisboa [guitarra], Marcio Xavier [baixo], Jean [tambor de condução], Flavinho [tambor de repique], Dhiego Valadares [casaca], Fernando Farinha [percussão], Thiago Grilo [caixa – percussão] e Renato Casanova [voz e guitarra] se apresentou na cidade pela 6ª vez trazendo muito da cultura da congada que se desenvolveu no Espírito Santo.

Desde que foi criada em 2000, a boa mistura de sons trazidos do Congo com o pop-rock e o reggae garantiu ao Casaca uma musicalidade distinta agrupada nos cd’s produzidos pelo grupo com destaque para No tambor, na casaca, na guitarra e Casaca [ambos de 2002]. No repertório, espaço também para o pop rock nacional como Tianastácia, Natiruts, Titãs, Maskavo e Aramandinho.

Quem prestigiou o show no sábado serviu para confirmar que o público universitário é com quem melhor se identifica a banda. Principalmente em se tratando dos estudantes que levaram bandeiras do Espírito Santo em homenagem aos conterrâneos.

Antes de subir ao palco principal montado no Multiuso da UFV, o Estúdio ao Vivo entrevistou o vocalista Renato Casanova, pai de Samille e Ananda que carrega tatuado nos braços o nome das filhas.

Casaca e Viçosa

Público

Diferencial

A Casaca

···

Agradecimentos ao Rafael da Comissão de Formandos e à Pricilla produtora da ArtBHZ.

Nesse final de semana, dia 26 de abril, o Espaço Multiuso da UFV recebeu o grupo Tambolelê [MG] e as bandas Muito Mais [MG] e Casaca [ES]. Em parceria com a produtora ArtBHZ [Belo Horizonte] e o Projeto Música Redonda, a Comissão de Formatura Julho-2008 conseguiu um diálogo musical entre as culturas africana e brasileira para o público de 5 mil pessoas. Seja na percussão, seja como instrumentos principais, os tambores deram ritmo à festa o tempo todo.

· A começar pelo grupo Tambolelê

Com forte influência do Congado e da Folia de Reis, o Tambolelê recria a sonoridade religiosa e as cantigas folcólicas conseguindo um resultado que encanta e faz dançar. Formado em 1995, na capital Belo Horizonte, por Sérgio Pererê, Geovane Sassá, Santone Lobato, o grupo resgata a memória afro-mineira e recria a cultura popular com autenticidade. Desde 2004, o músico Égler Bruno traz ao Tambolelê elementos que evidenciam a mistura de ritmos interagindo, junto aos tambores, com guitarra e violão.

Durante o show, os integrantes interagem com o público que ora diloga com quem canta [Quando eu disser [oi], vocês vão dizer [ai], quando eu disser [ai], vocês vão dizer [oi]] e ora é “desafiado” a reproduzir a batida do tambor com palmas. As frases curtas com versos de poesia popular permitem uma fácil assimilação da letra [Pato e parente só serve pra sujá a casa da gente]. Em algumas músicas, a própria voz dos cantores auxiliam na percussão e quem assume destaque são os instrumentos.

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O Estúdio ao Vivo faz amanhã a postagem da apresentação da Muito Mais e do Casaca, com entrevista consedida pelo vocalista capixaba Renato Casanova.


Diretamente de Guadalajara, nos anos 70 os mexicanos do Green Hat iniciaram no cenário musical com covers de Beatles, Rolling Stones, The Police e outros internacionais do rock. Pouco depois, quando assumiram a identidade mexicana, mudaram o nome do grupo para Sombrero Verde – nada mais original. Mas, é como Maná que melhor conhecemos as músicas de Fher[nando] Olivera [voz], Juan Diego Calleros [baixo], Sérgio Vallin [guitarra] e Alex ‘El Animal’ González [bateria].

Colecionadores de Grammys Latinos, os integrantes do Maná lançaram Arde el Cielo mês passado. Mas, é do penúltimo álbum da banda [Amar es Combatir] que o Estúdio escolheu a música Lábios Compartidos, composição de Fher e Alex, que logo nas primeiras semanas de divulgação conseguiram as toplists dos Estados Unidos e do México.

Labios Compartidos

Amor mio
si estoy debajo del vaiven de tus piernas
si estoy hundido en un vaiven de caderas
esto es el cielo, es mi cielo

Amor Fugado
me tomas, me dejas, me exprimes y me tiras a un lado
te vas a otro cielo y regresas como los colibris
me tienes como un perro a tus pies

Otra ves mi boca insensata
vuelve a caer en tu piel
vuelve a mi tu boca y provoca
vuelvo a caer de tus pechos a tu par de pies

Labios compartidos
labios divididos mi amor
yo no puedo compartir tus labios
y comparto el engaño
y comparto mis dias y el dolor
ya no puedo compartir tus labios
oh amor oh amor compartido

Amor mutante
amigos con derecho y sin derecho de tenerte siempre
y siempre tengo que esperar paciente
el pedazo que me toca de ti
relampagos de alcohol
las voces solas lloran en el sol
mi boca en llamas torturada
me desnudas angel hada luego te vas

Otra ves mi boca insensata
vuelve a caer en tu piel de miel
vuelve a mi tu boca duele
vuelvo a caer de tus pechos a tu par de pies

Labios compartidos
labios divididos mi amor
yo no puedo compartir tus labios
que comparto el engaño y comparto mis dias y el dolor
ya no puedo compartir tus labios
que me parta un rayo
que me entierre el olvido mi amor pero no puedo mas
compartir tus labios compartir tus besos
labios compartidos

Te amo con toda mi fe, sin medida
te amo aunque estes compartida
tus labios tienen el control

te amo con toda mi fe, sin medida
te amo aunque estes compartida
y sigues tu con el control

O Sobre o Som aproveita o romantismo exacerbado de Lábios Compartidos para a poesia da semana.

Lábios entreabertos
ora abrem ora fecham depois dos meus tocar.
É de mel que me enconstam a boca.
Guardiães do céu que alcanço sem estrelas.

Olhos entremirados.
Dialogam comigo, não com a boca
[dá-la outra função]
Apresenta-te a mim sem piscar,
e todos teus segredos eu acesse.

Abraço entrelaçado.
Joga teu peito contra meu. E às minhas mãos, as costas.
Larga-me dentro de teus braços sem medida, e lá me esqueçe.
Aqueçe
Sem soltar, nem prender.

Amor entrecruzado
é de encanto que me faço bobo.
E pouco respiro mesmo que forte o coração palpite.
E os sentimentos mais sinceros me invadem,
sem palpitar, nem pedir licença.

Lançamento_Orishas

A força da música cubana

O grupo cubano, Orishas, lançará no próximo dia 3 de junho o seu mais novo álbum. Os conterrâneos de FidelRoldán, Ruzzo e Yotuel – mesclaram a música cubana com o rap, e se deram muito bem. Após se conhecerem em Paris, começaram com o grupo, que retrata os problemas sociais de Cuba em suas letras.

O trio de Cuba, que é um dos maiores fenômenos da musica latina atual, nos presenteará com seu quarto disco, Cosita Buena, gravado em vários estúdios espalhados pelo mundo. As gravações começaram em Madrid, a mixagem foi feita em Bruxelas e a masterização em Nova York.

O nome das músicas já é conhecido: Cosita buena, Maní, Bruja, Camina, Guajira, Borrón, Mírame, Que quede claro, Machete, Isi, Público e Melodias.

Hola Estudionaltas. ¿Cómo estan?

Pessoal, nós da equipestúdio lamentamos que a semana latinamericana tenha sido interrompida na terça-feira passada. Mas a culpa não foi da tequila, outros ofícios nos impediram de prosseguir com as postagens da semana.

¡Lo lamentamos!

Pero, agora que tudo se normalizou, não seria justo que o Estúdio não continuasse homenageando la musica latina.

Vamos virar o disco na Jukebox que tem mais músicas pra tocar.

¡ARRIBA!

Soy Loco Por Ti América

Soy Loco Por Ti América!

A América Latina é um turbilhão musical. Vários estilos se fundem (e se confundem) por todos os lados. A maior variação de expressões musicais acontece no Caribe, onde praticamente todas as ilhas têm um estilo tradicional.

O país que mais exporta sua música para o mundo, curiosamente, é Cuba. Mesmo isolada economicamente, a ilha não deixa de compartilhar a arte produzida por lá. Produto da fusão entre ritmos espanhóis, franceses e africanos, o Mambo é um deles, assim como a Rumba.

Ainda por lá nasceram a Salsa e o Chá-Chá-Chá. A primeira é, hoje, uma das danças mais populares do mundo. A popularidade veio na década de 70, quando se difundiu nos bairros ‘latinos’ nos EUA. A salsa – que tem esse nome por causa da hortaliça utilizada como tempero – é uma mistura de ritmos caribenhos, que vão do reggae jamaicano, passando pelo mambo e o calypso.

Outro estilo afro-caribenho, o Calypso se tornou popular em Trinidad e Tobago. Também influenciado pelo reggae e pela batida do ska (também jamaicano), o estilo ganhou o mundo e chegou até o Brasil. Um fato exótico ilustra bem essa mistura, mesmo tendo suas origens no Caribe, a banda que melhor difundiu a vertente musical pelo mundo foi a moçambicana Companhia do Calypso.

Da República Dominicana vem o Merengue, que tem esse nome por causa de um passo de uma dança havaiana chamada Upa Habanera. Seu ritmo alegre e contagiante chegou à América do Sul, principalmente à Colômbia e Venezuela, com bandas que lembram as big bands de jazz.

A Cumbia colombiana também pode se inserir neste contexto, pois é uma das maiores influências para quase todos os estilos musicais caribenhos, principalmente o Merengue e a Salsa. A Cumbia, que se difundiu tanto pela América Central quanto na própria América do Sul (principalmente Argentina), é tocada com instrumentos indígenas e utiliza elementos musicais africanos.

Por último, a Plena, música típica de Porto Rico, com suas temáticas divertidas que beiram à sátira, conquistou muitos adeptos, principalmente na década de 90, quando viveu seu melhor momento.

O Caribe é um grande caldeirão, onde podemos misturar todos os ritmos e temperar com um pouco de salsa no final. Se em alguns lugares as coisas terminam em pizza, nas ilhas da América Central, com certeza, elas terminariam em muita dança.

Jukebox ■ Música América Latina


Arriba, Muchachos!

O Estúdio ao Vivo vem esta semana animado como nunca, com bandolins e chocalhos, mas também com um pop de remexer os quadris.

A música mais Latina da América invade as notas por aqui. De Cuba ao México, Buena Vista a Shakira, uma boa mistura dos ritmos mais apimentados. Confesso que não é meu estilo de música preferido, mas concordo que é o mais diferente que é produzido pelo lado de cá do Atlântico.

Preparem a tequila e andole!

Pitoresco ■ Cinqüentões da música

Cazuza não é o único. Quando revelada a notícia de que o teríamos (sem trocadilhos infames) com 50 anos hoje, a curiosidade me bateu na hora: quantos rostinhos/corpinhos bonitos devem esconder essa super idade por aí? Pois tratamos de pesquisar e ver só alguns exemplos mais ativos e altivos na vida, na música e em outras coisitas mais.

Sting
Sting, 56 aninhos. Sabe-se que o segredo da juventude do rapaz é Ioga e serviços comunitários. Palmas para ele! O cantor trouxe o fôlego ao Brasil em dezembro do ano passado o The Police, numa turnê após 23 anos de separação da banda.

Madonna
Está chegando a hora de apagar as 50 velinhas. Em agosto, a super cantora pop, símbolo de uma geração meio rebelde e sensual, chega ao patamar mais maduro, na vida e na carreira. O novo álbum Hard Candy deve vir pra cá dia 28 ou 29 deste mês. Entre poções mágicas (como afirmou à Folha de São Paulo recentemente) e danças (que muitos não se cansam de acompanhar e imitar), com certeza cabe uma boa malhação e uma dieta nada tranqüila naquele corpinho ali.

Elba Ramalho
Paraibana, uma das intérpretes mais respeitadas e admiradas do Brasil, Elba mantém a pose, a classe e uma vida bem natural. Sustenta apenas 56 aninhos de teatro, carreira solo e projetos que expõem a música nordestina de melhor qualidade.

Zé Ramalho
Ele é de 3 de outubro de 1949. Grande cantor e compositor, assusta pelas mudanças quase constantes de visual. Vaidoso, ao que parece, tanto no físico como o profissional. Arranjos, letras e interpretações são sempre perfeitas, carregadas de metáforas que as tornam sensuais ou muito críticas, a depender do contexto de composição das canções. Aqui está um baú de cultura (quase 60tão): ritmos do Nordeste, Jovem Guarda, Rock britânico e muita psicodelia.

Flávio Venturini
Também de 1949, o mineiro tem aparecido pouco por aí. Mas veio a Viçosa ano passado e o Estúdio esteve presente na ocasião. Quase sessentão do Clube da Esquina, fez grande sucesso com o 14 Bis na década de 80 – aquela, em que alguns só conseguem enxergar os mocinhos e mocinhas do rock. Parece que pra essa geração, as pessoas nunca envelhecem mesmo. Mas ta aí o Flávio, quietinho, como um bom mineiro, tocando teclado como ninguém e tentando fazer a geração dele voltar o tempo pelas suas canções.

Bell Marques
Soteropolitano nascido em 1952, o “axézeiro” Bell toca no carnaval desde 1980. Sabe quando eu percebi que a idade estava mudando a mente do cantor? Quando ele parou de exibir as pernas no trio elétrico. Ainda me lembro dos coros infalíveis de “cadê o short, Bell?”. Era a multidão suplicando para averiguar a boa forma dele. Hoje, as calças lhe bastam. Mas a voz, a disposição, o formato das músicas em cima do trio e, principalmente, os cabelos continuam os mesmos.

Lulu Santos
Quem diria que o carioca Luiz Maurício Pragana dos Santos faz história desde 1953? Polêmico, inovador, agora dance. Também vimos o show dele na Bahia, ano passado, quando havia acabado de lançar o CD Logplay. Tenho que admitir que ele estava bem disposto no show de boa qualidade, com uma mãozinha do DJ.

Enrique Iglesias
Que fique registrado: saiu mês passado na Internet que Iglesias não acha muito legal sair por aí, 50tão, cantando “Bailamos”. E olha que ele tem só 32 aninhos. Já sentiu o peso.

Fã de Carteirinha_André Quick


Quando Cazuza deu início à sua carreira solo em 1985, os fãs do Barão Vermelho ficaram indecisos em saber qual o vinil iriam comprar nas lojas da época: Cazuza ou Declare Guerra. Alguns abandonaram a banda e seguiram o dono da voz que ouviam nas músicas, outros preferiram seguir o som batida que passou ao comando de Frejat. Porém, quem gosta de Rock anos 80 acabou percebendo que dois ídolos é melhor que um. Foi o que aconteceu com o nosso Fã de Carteirinha desta semana.

O Engenheiro Agrônomo e músico [não necessariamente nesta ordem] André Quick começou a ouvir Barão Vermelho desde que era “garotão”. A influência da musicalidade Cazuza+Barão e Cazuza é evidente no estilo que o vocalista Quick escolheu para montar a Banda Rock’s Aderente [ver entrevista com a banda]. Quick aceitou o convite de participar do blog respondendo em estúdio às perguntas sobre aquele exagerado que era bom em “refletir e transformar em poesia, e de poesia virar música”.

Diferencial
Ele viveu intensamente

Cazuza+Barão/ Cazuza
Eu fui digerindo a carreira solo do Cazuza devagar

A ideologia de Cazuza
Ele foi o grande exagerado da música dele

Shows
Carreira solo ele tinha mais músicos no palco

Coletânea · Cazuza 50 anos
Doido Demais

Música Cazuza
Exagerado é ele

Sobre o som_Vida louca vida


Fosse uma letra de Cazuza talvez não representasse tão bem o momento em que o cantor passava após descobrir-se portador do HIV. Vida Louca Vida foi gravada pelo próprio compositor Lobão [que a escreveu em parceria com Bernardo Vilhena] em 1987, no LP Vida Bandida.

Cazuza selecionou a música do amigo para o tribudo a si mesmo [O tempo não pára – ao vivo] lançado no início de 1989. Naquele ano, o filho único da dona Lucinha assumiu publicamente o vírus da AIDS que acabou por trocar-lhe a “vida imensa” por uma “vida breve”.

Vida Louca Vida
[Lobão · Bernardo Vilhena]

Se ninguém olha
Quando você passa
Você logo acha
A vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido
Volta sem perigo
A mesma vida tudo sempre igual
Se alguém olha
Quando você passa
Você logo diz
Palhaço
Você acha que não está legal
Perde logo a noção do perigo
Todos os sentidos
Você passa mal
Vida louca vida
Vida breve
Já que eu tudo posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa
Se ninguém olha
Quando você passa
Você logo acha
Tô carente
Sou manchete popular
Me cansei de toda essa tolice
Babaquice
Essa eterna falta do que falar.

O Estúdio ao Vivo aproveita da criatividade genial de Lobão e Bernardo, muito bem arranhada na voz do nosso homenageado da semana, para escrever Sobre o Som Vida Louca Vida um poema que dialoga dois extremos: o Exagerado e seu lado oposto.

Vida Louça, Vida
Vida leve.
A leve sem se arriscar,
em porcelana se insere.

SIDA, pouco insida!
Si se atreve
não a queira compartilhar,
que não a vida entregue!
Á vida se entregue!

Nada ávido, pouco ativa.
[A] nada serve.
Quando vir que em plena a vida se perde,
prossiga puro e não apele.

Em vida ousa, agita!
A nada deve!
Que não queira, ante o apuro, lamentar.
Ao descuido não a encerre.